O governo federal reiniciou o programa de seguro de crédito pós-embarque para exportadores, suspenso desde 2019. A medida protege micro, pequenas e médias empresas contra riscos de não pagamento por compradores internacionais. O Rio Grande do Norte, maior exportador de melão do país, é um dos beneficiados.
Segundo o presidente do Conselho Regional de Economia do RN (Corecon), Helder Cavalcanti, “o governo cria um seguro para garantir ao exportador o valor tanto antes como depois da venda. Se um produtor de melão fecha negócio com a Europa, ele pode receber antes de enviar a mercadoria ou após o embarque”.
O RN aumentou em 40% as exportações de melão em 2024. “Com a instabilidade entre EUA e China, o seguro evita que produtores abandonem a produção”, afirmou. Ele disse também que, “existem ameaças, mas também oportunidades nesse cenário”.
Para acesso ao benefício, empresas precisam de faturamento anual de até R$ 300 milhões. Na modalidade pré-exportação, o limite é de US$ 3 milhões em vendas externas. No pós-embarque, o teto sobe para US$ 5 milhões.
“O dinheiro quando gira rápido multiplica empregos. Uma empresa que dobra de tamanho paga mais salários, movimenta o comércio e reduz carências básicas da população”, disse.
O programa visa manter o fluxo de exportações mesmo com a instabilidade global. Em 2023, o RN exportou 240 mil toneladas de melão, principalmente para Europa e EUA. Agora, 87 empresas potiguares se qualificam para o seguro.
“Existem ameaças e oportunidades nesse cenário. O seguro é a diferença entre continuar exportando ou perder mercados”, explicou Helder. As operações começam em 15 de julho, através dos bancos credenciados.
Fonte: Agora RN