Antes do início oficial do conclave que irá eleger o novo papa, o Colégio Cardinalício participou, na manhã desta quarta-feira 7, de uma missa solene na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A celebração, chamada “Pro Eligendo Romano Pontifice”, começou às 10h no horário local (5h no horário de Brasília) e foi presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.
As informações são da CNN Brasil, que acompanha os principais momentos da cerimônia e destacou que a homilia feita pelo cardeal Re foi resultado das conversas mantidas entre os cardeais reunidos em Roma desde a morte do papa Francisco. O cardeal, que tem 91 anos e por isso não participa da votação, também foi responsável por fazer a homilia durante o funeral de Francisco.
Durante a celebração, o cardeal Re pediu que o novo papa tenha sensibilidade para enfrentar os desafios contemporâneos. “Rezemos para que Deus conceda à Igreja um papa que saiba como despertar da melhor forma a consciência de todos e as energias morais e espirituais da sociedade atual, caracterizada por grande progresso tecnológico, mas que tende a esquecer Deus”, declarou.
Ele também invocou o Espírito Santo para que os cardeais eleitores estejam espiritualmente preparados para a decisão que terão pela frente. “Se preparem para realizar um ato da mais alta responsabilidade humana e eclesial e para fazer uma escolha de excepcional importância”, afirmou Re durante a homilia.
A missa teve início com uma procissão solene dos cardeais, organizada por ordem de senioridade. Um a um, eles se dirigiram ao altar da Basílica de São Pedro, onde beijaram o altar antes de se posicionarem em seus lugares. A primeira leitura da missa foi a mesma usada no conclave que elegeu Francisco, em 2013.
Após a celebração, por volta do meio-dia, os cardeais fazem uma pausa para o almoço e um último momento de reflexão. Às 16h30 (11h30 no horário de Brasília), eles seguirão em procissão até a Capela Sistina, onde entoarão o hino latino “Spiritus Sanctus”.
Ao chegarem na capela, os 133 cardeais eleitores realizarão um juramento coletivo e individual, prometendo manter segredo absoluto sobre tudo o que ocorrer durante o processo de escolha do novo pontífice. Em seguida, o ritual chamado “extra omnes” será proclamado — expressão em latim que significa “todos para fora”. Com isso, as portas da Capela Sistina serão fechadas, e apenas os cardeais poderão permanecer no interior, dando início à votação.
O mundo, então, entra em um período de expectativa. A escolha do novo papa será sinalizada pela fumaça que sairá da chaminé da Capela Sistina: se for branca, significará que um novo pontífice foi eleito com os dois terços dos votos exigidos; se for preta, nenhuma decisão foi alcançada, e novas rodadas de votação ocorrerão a partir de quinta-feira 8, até que haja consenso entre os cardeais.
