A Secretaria Estadual de Saúde Pública do RN (Sesap) deverá realizar uma reunião com a Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN) na manhã desta sexta-feira 16, para discutir medidas que possam resolver a situação de superlotação na maternidade e melhorar a articulação entre os diferentes níveis de gestão do SUS. Atualmente, a MEJC atua com 146% de sua capacidade, ou seja 46% a mais que a capacidade normal.
De acordo com a direção da maternidade, a situação decorre, principalmente, da alta demanda encaminhada por outras unidades de saúde do RN e de Natal, que também enfrentam superlotação e dificuldades na composição das equipes profissionais.
“A instituição reforça que tem adotado todas as medidas possíveis para garantir a continuidade e a segurança no atendimento às gestantes, puérperas e recém-nascidos, inclusive com otimização dos recursos disponíveis, reorganização interna dos fluxos e comunicação constante às autoridades de saúde”, informou a MEJC, por meio de nota.
Outro trecho da nota diz que a unidade ressalta “a importância da articulação entre os diversos níveis de gestão do SUS para o enfrentamento conjunto desse cenário crítico, reafirmando seu compromisso com a assistência de qualidade à população”.
Procurada pelo AGORA RN, a Sesap informou que mantém um relação permanente com a maternidade, auxiliando dentro do possível, já tendo dado apoio com o recebimento de pacientes, desvio de fluxo e outras medidas em diversas outras ocasiões ao longo dos anos.
Prefeitura do Natal aumentou valor de plantões em maternidades para evitar furos na escala
Por outro lado, a Prefeitura do Natal fechou, recentemente, um acordo com a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed) para aumentar o valor pago aos médicos que dão plantões nas maternidades administradas pelo Município, como a Araken Pinto e a Leide Morais. O acordo foi fechado em reunião entre representantes da cooperativa e o secretário de Saúde, Geraldo Pinho.
Com isso, o valor pago por Natal será equiparado ao que é pago pelo Governo do RN para as unidades estaduais. A medida visa garantir que não haja furos de escala durante os plantões e o atendimento pleno às pacientes que chegarem à unidade.
Segundo informações da Prefeitura, o valor pago por plantão de obstetras em Natal era menor em comparação ao valor remunerado pelo Governo do RN e até de serviços obstétricos na rede privada. Com o aumento do valor dos plantões, a Prefeitura espera evitar os furos de escala para gerar a disponibilidade total da equipe médica.
Fonte: Agora RN
