A Associação Médica do Rio Grande do Norte (AMRN) vai apresentar, nesta quarta-feira 11, às 19h, no Hotel Holiday Inn, em Natal, a nova marca da instituição e um projeto de modernização que visa reposicionar a entidade no cenário da saúde potiguar. A iniciativa, segundo o presidente da AMRN, Itamar Ribeiro de Oliveira, pretende ampliar o papel da associação, consolidá-la como espaço de referência para os médicos e estabelecer pontes permanentes com a população. “A gente quer que a AMRN seja novamente a casa dos médicos, mas também um espaço aberto à sociedade”, afirmou.
Com quase 94 anos de história, a entidade passa por uma reestruturação que inclui novos serviços aos associados, expansão da produção científica e renovação de sua identidade visual. A nova marca foi desenvolvida pela agência Armação, com direção criativa de Jener Tinoco, e será apresentada durante evento que deve reunir cerca de 200 convidados, entre médicos, acadêmicos e representantes institucionais. “O novo momento exige uma marca. E nós queremos marcar com união, protagonismo e compromisso com boas práticas”, afirmou Dr. Itamar.
A proposta da nova gestão é tornar a AMRN mais conectada com os desafios contemporâneos da medicina, oferecendo suporte aos profissionais, promovendo eventos formativos, fortalecendo a vida associativa e abrindo espaço para o debate público sobre saúde. “Os médicos sozinhos não conquistam. Precisamos da instituição como força coletiva, como instrumento de defesa técnica, científica e ética da profissão”, explicou.
Além da nova identidade, o projeto de modernização prevê a ampliação dos benefícios para os associados, com convênios em academias, lojas, seguros e outros serviços voltados à qualidade de vida do médico. A entidade também planeja investir em tecnologia, como uma nova plataforma digital para facilitar o acesso à programação científica, às ações da diretoria e ao contato direto com os profissionais.
A AMRN hoje promove dezenas de eventos ao longo do ano, desde encontros científicos até atividades culturais e esportivas. Um dos produtos mais reconhecidos da entidade é o “InMED Podcast”, publicado quinzenalmente, com discussões sobre temas atuais da medicina e da saúde pública no canal do YouTube da AMRN. “Temos atividades científicas, temos a festa do médico em outubro, a corrida e caminhada do médico e o fórum de atualização médica. A Associação é também espaço de convivência e troca”, pontuou Dr. Itamar.
A proposta de reestruturação também abrange a comunicação institucional. A nova gestão aposta no uso de redes sociais para ampliar a visibilidade das ações e facilitar a integração entre médicos de diferentes regiões do estado. “Temos uma diretoria atuante, gente comprometida com o futuro da profissão. Essa nova fase da AMRN é construída por muitas mãos. Queremos que cada médico se sinta parte disso”, concluiu.
A AMRN também se posiciona como entidade apartidária, mas permanentemente aberta ao diálogo com o poder público, a população e as instituições democráticas. Segundo Dr. Itamar, em tempos de desinformação, a Associação pode cumprir um papel de referência ética e técnica. “Sempre estaremos de portas abertas. A saúde precisa de vozes comprometidas com a ciência, com a ética e com o cuidado. É isso que queremos representar.”
A Associação quer recuperar seu protagonismo no campo científico e institucional. Itamar afirmou que a AMRN tem um papel único dentro do sistema de representação da categoria, por ser a “mãe de todas as especialidades médicas”. Enquanto o Conselho Regional de Medicina tem atribuições éticas e o sindicato atua na defesa trabalhista. Cabe à Associação Médica promover a formação continuada, a defesa do ato médico e o estímulo às boas práticas baseadas em evidências.
“Quando falamos de boas práticas médicas, estamos falando também da proteção à população. Tudo começa com a formação e a qualidade técnica do médico”, explicou. Segundo Itamar, o papel da AMRN não é apenas corporativo, mas diretamente ligado ao interesse público. A atuação se estende desde a curadoria de eventos científicos até a promoção de conteúdo qualificado, como o podcast quinzenal produzido pela instituição.
Além disso, a AMRN tem se empenhado em ampliar a presença do médico na vida institucional da entidade. “Às vezes, o simples fato de algo não ter o carimbo da Associação Médica já é uma forma de proteger o médico e evitar que conteúdos errados sejam transmitidos à população”, disse o presidente.
Aproximar a juventude médica da vida associativa é uma das metas da atual gestão da AMRN. O presidente da entidade anunciou que está em planejamento o primeiro Congresso das Ligas Acadêmicas de Medicina do estado, previsto para ocorrer em dezembro. Segundo Itamar, o evento contará com participação ativa dos estudantes, que irão construir a grade científica em parceria com seus professores.
A AMRN já realizou reuniões com mais de 20 ligas acadêmicas, incluindo grupos de instituições de ensino de Natal e Mossoró. “Os estudantes estão engajados, têm projetos de extensão e querem participar da construção do futuro da medicina potiguar. A Associação é o espaço natural para esse encontro”, explicou.
Outros eventos previstos com participação acadêmica incluem o Congresso de Trauma, que deve acontecer em 11 e 12 de outubro. A entidade também incentiva que estudantes participem de eventos formativos, promovendo desde já o engajamento com boas práticas médicas e ciência.
Diante da proliferação de cursos de medicina e da preocupação com a qualidade da formação, a Associação Médica do RN apoia a criação de um exame de proficiência nacional para novos médicos. O modelo seria inspirado no exame da OAB, aplicado aos bacharéis em Direito. “A sociedade clama por isso. Não é só uma questão de conhecimento teórico, mas de aptidão prática. É uma profissão que exige critério”, disse Itamar Ribeiro.
A entidade considera que o crescimento desenfreado do número de faculdades compromete a formação e, por consequência, o cuidado com os pacientes. A proposta, já debatida nacionalmente pela Associação Médica Brasileira (AMB), visa criar um filtro técnico que assegure padrões mínimos de qualidade no exercício da medicina.
A gestão da Associação Médica do RN quer reconstruir a ligação entre os profissionais e a entidade. Segundo o presidente, é essencial que os médicos voltem a participar da vida associativa. “Sozinhos, os médicos não conquistam nada. A força está na união”, afirmou.
A AMRN busca se posicionar como referência para médicos de todas as especialidades e regiões do estado, mas também como espaço de diálogo com a sociedade. “Nós não somos um clube fechado. A Associação é apartidária, mas não apática. Queremos que ela seja um lugar onde se possa ouvir, pensar e construir soluções. De médicos para médicos. E também para a população”, disse.
Para isso, a entidade aposta em novos canais de comunicação, eventos, convênios, tecnologia e uma gestão aberta. “Nossa casa já foi palco de muitas conquistas. Agora, queremos que seja também um ponto de encontro permanente com a sociedade potiguar.”
Fonte: Agora RN