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Caicó terá 5 leitos de UTI neonatal após bebê morrer aguardando transferência

O Hospital do Seridó, localizado em Caicó, ganhará cinco leitos de UTI neonatal. Um acordo que prevê a implantação dos leitos foi fechado entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Caicó, com mediação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN).

De acordo com o MPRN, em até 10 dias o Governo do Estado e a Prefeitura deverão apresentar um plano de trabalho para a abertura dos leitos, prevendo divisão dos custos, aquisição de equipamentos e contratação de profissionais.

A decisão sobre a abertura dos leitos ocorre duas semanas após um bebê de 30 dias morrer à espera de um leito de UTI em Caicó. O bebê José Emanuel Medeiros Silva até conseguiu uma vaga em Mossoró, mas não foi transferido por falta de transporte adequado devido à sua condição grave de saúde. O bebê foi internado com uma infecção e, depois, apresentou complicações cardíacas. No dia 24 de março, ele não resistiu.

Repercussão

Deputados estaduais exaltaram a notícia nesta terça-feira 8, mas afirmaram que o número de leitos ainda é insuficiente diante da demanda reprimida da região.

Neilton Diógenes (PP) classificou a medida como “uma resposta direta a uma cobrança legítima da população do Seridó”. “Esses leitos são resultado do trabalho conjunto de quem tem compromisso com a região. Mas é só o começo. Sabemos que com a demanda reprimida, esses cinco leitos já vão lotar rapidamente”.

Para o deputado, a medida deve ser replicada em outras regiões do RN que enfrentam a mesma escassez de vagas para atendimento pediátrico intensivo. “Quando um hospital regional não tem estrutura, o paciente é empurrado para Natal ou Mossoró, sobrecarregando a rede”, afirmou.

Neilton reforçou que a criação de novos leitos precisa estar acompanhada de investimentos em estrutura hospitalar e contratação de profissionais especializados.

Ele lembrou, ainda, que a carência de UTIs pediátricas é apenas um dos muitos gargalos do sistema. Ele apontou que há também necessidade de reforço nos leitos de ortopedia, clínica médica e outras especialidades.

“Isso tudo precisa ser olhado como uma rede. Não basta abrir leitos se não houver médicos, equipamentos, materiais, e um sistema funcional de regulação. O governo acerta ao agir, mas precisa ampliar e garantir continuidade”, declarou.

Hospital de Apodi vira exemplo regional e é elogiado na ALRN

De símbolo de abandono a modelo regional de atendimento, o Hospital de Apodi foi exaltado como referência em saúde pública durante sessão da Assembleia Legislativa desta terça 8. O reconhecimento partiu do deputado estadual Neilton Diógenes, que afirmou ter acompanhado de perto a trajetória da unidade hospitalar, desde os protestos contra seu fechamento até o momento atual, em que realiza cirurgias eletivas semanais e oferece suporte a casos de maior complexidade.

“Esse hospital é a prova de que quando há investimento e compromisso, o serviço público funciona. Estivemos nas ruas para impedir que ele fechasse. Hoje, ele realiza cirurgias, recebe pacientes com infarto, e sua infraestrutura vem sendo melhorada continuamente”, afirmou.

Segundo Neilton, a evolução do Hospital de Apodi reflete o esforço de ampliar a assistência regionalizada, uma demanda crescente no sistema de saúde do estado. Ele frisou que unidades como essa, bem equipadas e com equipes treinadas, ajudam a desafogar hospitais maiores e trazem segurança à população do interior. “É um hospital que passou a ser referência em vários aspectos. E isso não surgiu do nada. Foi luta, foi mobilização da comunidade e foi também resultado de um governo que, neste caso, escutou”.

O deputado também mencionou que o hospital vem atuando como retaguarda para casos graves, além de manter rotina de cirurgias eletivas, um diferencial entre unidades hospitalares fora das grandes cidades. Neilton defendeu que o modelo seja replicado em outras regiões do estado e que o poder público enxergue os hospitais municipais e regionais como elementos centrais da rede de atenção à saúde.

“A experiência de Apodi mostra que é possível descentralizar a saúde com qualidade. O que não podemos mais aceitar é ver hospitais abandonados por falta de gestão ou apoio. É necessário ampliar essa estrutura e reforçar as parcerias com os municípios”, pontuou.

Para o deputado, o caminho é ampliar a capacidade das unidades já existentes, garantir repasse de recursos, contratar profissionais e manter os equipamentos funcionando. “O povo do interior precisa ter a certeza de que será atendido perto de casa. E Apodi hoje é um exemplo de que isso é possível”.

 

Fonte: Agora RN
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