A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu um homem acusado de matar a ex-companheira para viver com o genro, um adolescente. A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) na última sexta-feira 6, na zona oeste da capital fluminense.
O crime ocorreu no dia 29 de março, em uma área de mata no bairro de Santa Cruz. Segundo as investigações, o homem atraiu Daniele Sanches, de 36 anos, para o local, onde a algemou e a atacou com uma faca, desferindo dezenas de golpes.
Em seguida, o suspeito voltou para casa e pediu que o adolescente e outro jovem comprassem gasolina. Depois, retornou ao local e ateou fogo ao corpo da vítima. Ainda de acordo com a polícia, ele voltou outras três vezes para tentar eliminar os restos mortais.
O autor e Daniele mantinham um relacionamento desde 2019 e tinham um filho de dois anos. Testemunhas relataram que o homem era violento, agredia Daniele e os filhos dela, e tinha conflitos com a ex-companheira pela guarda da criança.
Um mês antes do crime, Daniele havia saído da casa onde morava com o suspeito e se abrigado na casa da mãe, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ela comunicou ao ex que iria entrar na Justiça para obter a guarda do filho.
Segundo a DDPA, o homem conheceu o adolescente durante o Carnaval de 2024, em Pedra de Guaratiba, e o levou para morar com ele, dizendo que o jovem teria um relacionamento com a enteada. No entanto, depoimentos indicam que o suspeito passou a se envolver com o menor.
Após o crime, ele teria afirmado que queria “viver em família” com o adolescente e o filho do casal.
O suspeito também usou o celular de Daniele para enviar mensagens a amigos e familiares, com o objetivo de simular que ela ainda estava viva. Apenas 40 dias depois, após desconfiança sobre o conteúdo das mensagens, os parentes registraram o desaparecimento.
O adolescente relatou o crime à mãe, informou sobre as ameaças que sofria e disse que o autor o culpava pelo planejamento do homicídio.
A Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão temporária por feminicídio após investigações e monitoramento.
Fonte: Agora RN