O fim da reeleição para cargos no Executivo tem apoio de 56% dos brasileiros, aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira 10. Outros 37% são contra acabar com os mandatos consecutivos e 7% não souberam ou não responderam. A medida une lados opostos da política: 56% dos que votaram no presidente Lula (PT) no segundo turno de 2022 e 59% dos que preferiram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concordam.
O assunto está em discussão no Senado por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê extinção da possibilidade de o presidente da República, governadores e prefeitos se reelegerem. O parecer do relator, Marcelo Castro (MDB-PI), já passou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O texto ainda precisa do aval do plenário e, depois, da Câmara.
Para Castro, o resultado da sondagem dá força à PEC. “A pesquisa mostra que não é apenas a classe política que concorda com a necessidade de acabar com a reeleição para os cargos do Executivo. O estudo revela que a população também está sintonizada com o sentimento do Congresso”, afirmou ontem.
O fim da reeleição atinge 56% de apoio entre as mulheres e 57% entre os homens. A medida tem ampla aderência entre quem tem entre 16 e 34 anos (52%), de 35 a 59 anos (59%) e entre quem tem 60 anos ou mais (58%).
Os mandatos consecutivos para o Executivo deveriam acabaram para 54% de quem estudou até o ensino fundamental, para 57% dos que têm ensino médio completo e para 56% de quem tem ensino superior.
Entre quem ganha até dois salários mínimos por mês, há apoio de 58%. Na faixa de renda entre dois e cinco salários mínimos, a adesão é de 55%. O índice fica 54% entre quem ganha mais de cinco salários mensais.
Entre os evangélicos, 59% apoiam o fim da reeleição. O porcentual chega a 58% entre católicos. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos e a confiança, de 95%. Foram 2.004 entrevistas entre os dias 29 de maio e 1º de junho.
A sondagem apontou, ainda, que 57% são a favor de acabar com mandatos consecutivos também para deputados. 36% são contra e 7% não souberam ou não responderam. Essa medida, contudo, não entrou no relatório de Castro no Senado.
Fonte: Agora RN