Um estudo recente do National Bureau of Economic Research (NBER) revelou que a satisfação com a vida entre jovens adultos vem caindo significativamente desde 2010. Esse fenômeno contraria a tendência histórica do bem-estar humano, que tradicionalmente seguia um “padrão em U” – onde a felicidade diminuía na meia-idade e voltava a crescer na velhice. Agora, porém, os jovens até 25 anos se tornaram o grupo mais insatisfeito em diversos países desenvolvidos, como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Irlanda.

Especialistas apontam diversos fatores que podem estar contribuindo para essa crise de felicidade. Entre eles, destaca-se o impacto das redes sociais, que têm mudado a forma como os jovens interagem e percebem suas próprias vidas. O aumento da comparação social, a exposição constante a padrões irreais de sucesso e beleza, além da diminuição das interações presenciais, são aspectos que podem estar afetando negativamente o bem-estar dessa geração.

Além disso, questões econômicas também desempenham um papel crucial. O custo de vida elevado, o endividamento estudantil e a dificuldade de inserção no mercado de trabalho são desafios que aumentam a insegurança dos jovens sobre o futuro. A pandemia de Covid-19 intensificou ainda mais essas preocupações, interrompendo planos acadêmicos e profissionais, além de afetar a saúde mental de muitos.

Para os estudiosos do bem-estar, esse cenário representa um grande desafio. Compreender e enfrentar a crescente insatisfação entre os jovens exige estratégias inovadoras em diversas áreas, incluindo saúde mental, educação e políticas econômicas. Muitos defendem a importância de promover maior acesso a serviços de apoio psicológico, estimular hábitos saudáveis e criar oportunidades reais de desenvolvimento pessoal e profissional para essa geração.

O declínio da felicidade entre os jovens não é apenas uma questão individual, mas um alerta para toda a sociedade. Encontrar soluções eficazes para reverter essa tendência será essencial para garantir um futuro mais equilibrado e promissor para as novas gerações.