O WhatsApp iniciou nesta segunda-feira 16 a liberação de anúncios no Status e a possibilidade de canais oferecerem conteúdo pago. As mudanças estão concentradas na aba “Atualizações” do aplicativo e, segundo a empresa, não envolvem a aba “Conversas” nem o uso de mensagens privadas para direcionamento de publicidade.
De acordo com o chefe global do WhatsApp, Will Cathcart, em entrevista ao g1, a privacidade das mensagens dos usuários continua preservada. “Não podemos segmentar anúncios com base no que você diz ou em quais amigos você envia mensagens. Os anúncios serão baseados em como você usa a aba ‘Atualizações’”, afirmou.
A plataforma informou que dos 3 bilhões de usuários no mundo, 1,5 bilhão acessam a aba “Atualizações” todos os dias. A intenção, segundo Cathcart, é permitir que empresas cheguem a mais pessoas. “Há muitas empresas pequenas que não têm site ou aplicativo. Elas usam o WhatsApp para se comunicar com clientes. Queremos dar a elas a opção de alcançar pessoas que não estão em sua rede”, disse.
Os anúncios serão exibidos entre publicações no Status. O WhatsApp poderá identificar interesses dos usuários a partir dos canais seguidos e da interação com a propaganda. Informações como o modelo do celular, tipo de conexão e localização geral também poderão ser usadas. A Central de Contas da Meta, que integra perfis do WhatsApp, Instagram e Facebook, também pode fornecer dados quando ativada.
Outra novidade é a liberação do recurso para administradores de canais oferecerem conteúdo exclusivo mediante pagamento. Inicialmente, o recurso estará disponível para um grupo selecionado. O pagamento será feito pelas lojas de aplicativos do Google e da Apple.
“Administradores estão expandindo seus canais e pensam neles como um negócio. Queremos oferecer mais ferramentas e, para alguns criadores de canais, a assinatura paga fará sentido”, afirmou Cathcart. O WhatsApp informou que manterá processos para garantir que administradores estejam de acordo com suas políticas. “Trabalharemos arduamente para tentar impedir que alguém faça uso indevido do sistema”, completou.
